Exclusivo! Provamos Todos os Sorvetes da Sorveteria do Centro de Jefferson Rueda

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6 min readMay 31, 2018

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Maior chef de cozinha do Brasil, Jefferson Rueda, paulista de São José do Rio Pardo, vai se tornando o maior expoente da democratização da gastronomia no planeta.

Após o sucesso de A Casa do Porco, aberta em 2015, Jeffinho inaugurou neste ano o Hot Pork — casa especializada no "porco quente", "por que o cachorro (do cachorro-quente), a gente deixa amarrado no poste", brinca Jefferson.

Porém, não bastasse popularizar um sanduíche que tinha tudo pra pesar no bolso da freguesia (saiba mais aqui), agora ele quer servir as sobremesas de Saiko Izawa, maior confeiteira da América Latina, segundo o ranking The 50 Best, com valores que vão dos R$ 8 aos R$ 18 reais.

Muita farra durante a abertura da sorveteria mais divertida de São Paulo

Conforme já havíamos anunciado em primeira mão (clique aqui), a Sorveteria do Centro, que inaugurou nesta quinta-feira (31), fica coladinha ao Hot Pork, na esquina das ruas Bento Freitas e Epitácio Pessoa, praticamente na frente do Copan. Por lá, como o nome já indica, as guloseimas geladas são as estrelas.

Pra produzir tudo, a dupla formada por Saiko e Jefferson se diverte como criança. Na sorveteria, eles brincam com máquinas de sorvete parecidas com as do McDonalds, também conhecidas como Soft, e produzem uma grande variedade de receitas.

"A ideia é ir criando os sabores sazonalmente, inclusive pra convidar os clientes a sempre experimentarem coisas novas", revelam.

Jefferson Rueda dá aula de como fazer salsicha artesanal pra criançada das escolas públicas do Bexiga

Não bastasse o movimento natural que a abertura de um novo pico gastronômico causa em São Paulo, Jefferson e Janaína Rueda ainda aproveitaram a deixa para dar uma aula de como fazer salsicha artesanal pras crianças das escolas públicas do Bexiga.

Depois disso, a criançada ainda pode experimentar o hot pork e, feito clientes VIPs, foram as responsáveis por inaugurar a Sorveteria do Centro.

Como não somos bobos, fomos acompanhar a festança e, de quebra, ainda pudemos experimentar todos os 13 sabores disponíveis no cardápio.

Confira abaixo:

A partir de uma base de água (vegana), o sorbet de jabuticaba é uma das principais iguarias da casa. Na opção simples, na casquinha (ou no copinho), ele sai por R$ 8 reais; também é possível pedir a versão "sobremesa" (R$ 12), que é finalizada com mochi (bolinho japonês de arroz), calda de jabuticaba com chia, suspiro e poejo (um priminho picante do hortelã); ou a versão alcoólica (R$ 18) onde, além daquela calda, ainda entra uma dose de cachaça da Lage, bebida das boas, que é produzida na terra de Jeffinho.

O sorvete é uma delícia e a combinação de sabores da versão sobremesa é uma verdadeira assinatura de Saiko. Na opção, os cinco sabores brincam com as papilas gustativas do consumidor esperto.

Ainda assim, e totalmente por questões pessoais, a sobremesa de morango (R$ 12), inspirada no clássico merengue, deixa qualquer pessoa doida pra repetir outras milhares de vezes.

Feita a partir de um sorbet de morango (R$ 8, na casquinha ou no copinho) estupidamente delicioso e fresco. Nele, o sabor da fruta explode na cara até dos maiores cri-críticos, sendo que na versão sobremesa ainda conta com fruta picada e fresca, poejo, telha de suspiro, leite condensado e pimenta-rosa.

Se os xiitas resolverem chiar com o leite condensado, nem adianta. Ele faz toda a diferença na composição de sabores que lembra, e muito, o merengue daquela tia que toda família costuma ter.

Seguindo a linha da sazonalidade, enquanto houver festa junina na cidade é certeza que o sorvete de milho verde (R$ 8, na casquinha ou no copinho) estará disponível no cardápio.

Além da opção simples, a versão sobremesa (R$ 12) é poesia pra quem gosta de sorvete de milho (e até mesmo pra quem não gosta muito, como eu).

Super leve e nada enjoativo, o sabor do sorvete é bastante delicado e fica ainda mais interessante ao ser combinado com pedaços de broa, calda de caramelo e farofinha de paçoca.

À base de leite e fava de baunilha (dá até pra ver as sementinhas), o sorvete de creme da Sorveteria do Centro é a melhor pedida pra quem já está acostumado e gosta de sorvete soft.

Muito leve, o sorvete de leite (nome que a casa utiliza pra esta versão de baunilha) pode ser consumido simples (na casquinha ou no potinho, por R$ 8). Entretanto, ele faz parte de inúmeras outras preparações.

Pra começar, duas versões de sobremesa (R$ 12), mais convencionais, estão disponíveis e com certeza vão fisgar a galera mais conservadora. A primeira é feita com muito chocolate: calda, bolinhas crocantes (estilo cereal matinal de chocolate), fios e pó de chocolate.

Já na segunda opção, quem manda é o caramelo: calda de caramelo mais salgadinha, pipoca caramelada e um crocante delicioso.

Entretanto, se exotismo é seu forte, finalmente chegamos à invenção mais maluca de todas: o sorvete de bacon (R$ 12). A partir da base de leite, a sobremesa é incrementada com fatia crocante de porco, pururuca (porcopoca), calda de chocolate e crocante.

Vale muito experimentar pelo inusitado da coisa. Os sabores realmente combinam muito. O salgadinho do porco com o adocicado da calda e do sorvete não disputam, mas se complementam. Ainda assim, não é o tipo de sorvete que eu comeria mais de um.

Em contrapartida, pra tomar de balde, a versão do affogato da Sorveteria do Centro leva sorvete de leite, café expresso Senhor Espresso, produzido em São José do Rio Pardo, e uma generosa dose de rum.

Ele custa R$ 18 reais e faz parte da seleção de sorvetes adultos, apenas para pessoas com mais de 18 anos: dois copinhos depois e você já está querendo dar um pulo na Love Story, que fica ali do lado.

Jefferson Rueda entrega sorvete para as crianças que participaram da oficina de salsicha artesanal: elas foram as responsáveis por inaugurar a sorveteria

Informação importante! Para os veganos que não querem perder a opção de tomar o sorvete na casquinha, Jeffinho e Saiko disponibilizam uma versão do típico cone que não leva derivados animais.

Avise os atendentes sobre sua opção alimentar para que eles possam retirar ingredientes como o suspiro, feito com claras de ovo.

Não bastasse tudo isso, toda a concepção da casa foi feita por Rafic Farah, o mesmo designer e arquiteto do Hot Pork.

Parede d'água, fumaças e luminária que muda de cor fazem as vezes de cereja do bolo, digo, do sorvete

Entre as coisas mais interessantes, está a parede com queda de água que separa a operação dos clientes. Além dela, um sistema é responsável por soltar fumaça que, devido a um fenômeno físico, desce junto com a água.

Pra arrematar, uma imensa luminária pendente completa o cenário e muda de cor. "De noite fica uma loucura isso aqui", revela Janaína Rueda. "Parece até sauna gay".

Sorveteria do Centro
Rua Bento Freitas, 454, República, tel (11) 3129–8735, São Paulo, SP; fb.com/Hot.Pork

*A reportagem visitou o restaurante a convite de Janaina Rueda

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